Larissa Queiroz Pontes, graduada em Biotecnologia pela Universidade Federal do Ceará e atualmente doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia de Recursos Naturais (PPGBIOTEC), do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Ceará, obteve o segundo lugar no Prêmio Jovem Pesquisador Promega-Brasil. A solenidade de premiação ocorreu no último dia 30 e reconheceu os melhores projetos científicos que utilizam a tecnologia de reagentes e sistemas integrados da companhia Promega em seus estudos, demonstrando aplicações e metodologias inovadoras.
Sob orientação do Prof. Gilvan Pessoa Furtado (PPGBIOTEC / FIOCRUZ-CE), Larissa vem pesquisando no laboratório da Fundação Oswaldo Cruz enzimas de uso terapêutico, através de técnicas de engenharia de proteínas. Em seu projeto de doutorado, a biotecnologista estuda estruturas de anticorpos visando à melhoria terapêutica de pacientes em tratamento de cânceres hematológicos. Um exemplo desses anticorpos é o anti-CD20 rituximabe, aprovado para uso contra linfoma não Hodgkin. Tal medicamento é utilizado pelo SUS contra a doença e o tratamento por paciente custa em torno de R$ 20 mil.
“Foi uma iniciativa muito bacana da Promega e foi muito bom poder divulgar o meu trabalho. Estou bem surpresa, nunca ganhei nem bingo e ganhei esse prêmio agora revelando a ciência e mostrando que a pesquisa vale a pena”, declarou Larissa na solenidade, que contou com uma presença feminina sólida entre os indicados: dos 10 finalistas, 8 eram mulheres. No total, foram 103 projetos de todo o Brasil recebidos pela competição.
Para o orientador de Larissa, Prof. Gilvan Furtado, o resultado mostra a qualidade da pesquisa científica feita no Estado. “Esse prêmio é fruto de competência, de muito trabalho e dedicação. Todos os 10 finalistas que estão aqui são pessoas que se esforçam, mães, mulheres, jovens homens, pessoas que dedicam a sua vida à ciência. Estou muito orgulhoso, a Larissa foi minha aluna, e esse é um prêmio para a ciência e para o Brasil. Dos finalistas, ela é a única da região Norte/Nordeste, e a gente fica muito feliz de fazer ciência de ponta aqui no Ceará”, afirmou.
Fonte: Profª Sônia Oliveira, diretora do Centro de Ciências Agrárias – e-mail: soniace@ufc.br